NEWS | Já estamos abertos! Marque a sua consulta.

Nutrição na gravidez: para além do ácido fólico

A abordagem da nutrição funcional na gravidez vai muito além da simples suplementação: trata-se de compreender como cada nutriente, alimento e estilo de vida impacta diretamente a saúde da mãe e do bebé. Vamos perceber de que forma.

 

 

Epigenética

A influência da nutrição na epigenética fetal sugere que os padrões alimentares da mãe podem modificar a expressão de genes importantes ligados à obesidade, metabolismo e saúde óssea do bebé [13,14].

 

 

Micronutrientes essenciais

Além do já conhecido ácido fólico, outras vitaminas e minerais são igualmente importantes:
Ferro: essencial para prevenção da anemia, suporte ao crescimento fetal e função imunitária materna [6,8]
Cálcio e vitamina D: fundamentais para o desenvolvimento ósseo do bebé. [6,8]
Iodo: importante para a síntese de hormonas tiroideias e neurodesenvolvimento fetal [6,8].
Zinco, vitamina C, A, E e ácidos gordos ómega‑3 (DHA/EPA): associados ao neurodesenvolvimento, imunidade, saúde placentária e prevenção do parto pré‑termo[8,16].

 

 

Alimentação e microbiota intestinal

Estudos demonstram que a dieta materna molda a microbiota intestinal, promovendo a diversidade – especialmente quando rica em fibras, vitaminas lipossolúveis e gorduras saudáveis – o que influencia positivamente a saúde metabólica da grávida e o desenvolvimento do feto [1,2,3].
O equilíbrio da microbiota intestinal desempenha um papel crucial na prevenção da resistência à insulina e a diabetes gestacional [4,5].

 

alimentos ricos em fibras

 

Exposição a toxinas ambientais

Durante a gravidez, é também importante considerar a qualidade do ambiente a que estamos expostas. Certos poluentes presentes em alimentos processados, produtos de higiene, embalagens ou até no ar podem atravessar a placenta e interferir com o desenvolvimento fetal.
A boa notícia é que medidas simples podem reduzir significativamente essa exposição e contribuir para uma gravidez mais saudável  [15, 16, 17].

 

 

A gravidez é uma fase de grandes transformações — e uma oportunidade única para promover saúde a longo prazo.

Com escolhas informadas, apoio profissional e pequenos gestos diários, é possível criar um terreno fértil para o bem-estar da mãe e o melhor início de vida para o bebé.

 

 

 

 

Referências bibliográficas

  1. Koren O, Goodrich JK, Cullender TC, et al. Host remodeling of the gut microbiome and metabolic changes during pregnancy. Cell. 2012;150(3):470–480. doi:10.1016/j.cell.2012.07.008
  2. Dunlop AL, Mulle JG, Ferranti EP, Edwards S, Dunn AB, Corwin EJ. Maternal Microbiome and Pregnancy Outcomes That Impact Infant Health: A Review. Adv Neonatal Care. 2015;15(6):377-385. doi:10.1097/ANC.0000000000000218
  3. Gohir W, Ratcliffe EM, Sloboda DM. Of the bugs that shape us: maternal obesity, the gut microbiome, and pregnancy outcomes. Am J Physiol Gastrointest Liver Physiol.2015;309(11):G1097-104. doi:10.1152/ajpgi.00259.2015
  4. Barbour LA, McCurdy CE, Hernandez TL, et al. Cellular mechanisms for insulin resistance in normal pregnancy and gestational diabetes. Diabetes Care. 2007;30 Suppl 2(Suppl 2):S112-9. doi:10.2337/dc07-s204
  5. Mokkala K, Pietilä S, Rönn PF, et al. Gut microbiota associations with gestational weight gain and postnatal weight retention in overweight and obese pregnant women. Obesity (Silver Spring). 2021;29(8):1427-1434. doi:10.1002/oby.23187
  6. Peña-Rosas JP, De-Regil LM, Garcia-Casal MN, Dowswell T. Daily oral iron supplementation during pregnancy. Cochrane Database Syst Rev. 2015;2015(7):CD004736. doi:10.1002/14651858.CD004736.pub4
  7. Kovacs CS. Maternal vitamin D deficiency: fetal and neonatal implications. Best Pract Res Clin Endocrinol Metab. 2011;25(4):647-59. doi:10.1016/j.beem.2011.05.001
  8. Wu G, Imhoff-Kunsch B, Girard AW. Biomarkers of nutrition for development — pregnancy. Nestle Nutr Inst Workshop Ser. 2012;70:1-14. doi:10.1159/000343244
  9. Moffett A, Shreeve N. Micronutrients, fetal development and pregnancy outcome. Nutrients. 2015;7(9):6799-6814. doi:10.3390/nu7095389
  10. Ristow M, Schmeisser K. Mitohormesis: Promoting Health and Lifespan by Increased Levels of Reactive Oxygen Species (ROS). Dose Response. 2014;12(2):288-341. doi:10.2203/dose-response.13-035.Ristow
  11. Zarean M, Keikha M, Feizi A, et al. Exposure to air pollution and risk of preterm birth: A systematic review and meta-analysis. Environ Sci Pollut Res Int. 2020;27(7):7078-7090. doi:10.1007/s11356-019-07112-8
  12. Buck Louis GM, Sundaram R, Schisterman EF, et al. Persistent environmental pollutants and couple fecundity: the LIFE study. Environ Health Perspect. 2013;121(2):231-6. doi:10.1289/ehp.1205301
  13. La Merrill M, Emond C, Kim MJ, et al. Toxicological function of adipose tissue: focus on persistent organic pollutants. Environ Health Perspect. 2013;121(2):162-9. doi:10.1289/ehp.1205485
  14. Ritz B, Yu F, Fruin S, et al. Ambient air pollution and risk of birth defects in Southern California. Am J Epidemiol. 2002;155(1):17-25. doi:10.1093/aje/155.1.17
  15. Braun JM, Kalkbrenner AE, Calafat AM, et al. Impact of early-life bisphenol A exposure on behavior and executive function in children. J Pediatr. 2011;159(6):1054-60. doi:10.1016/j.jpeds.2011.06.004
  16. Webster TF, Rauch SA, Chen Q, et al. Temporal variability and predictors of urinary bisphenol A concentrations in men and women. Environ Health Perspect. 2014;122(11):1174-80. doi:10.1289/ehp.1307940
  17. Saenen ND, Plusquin M, Bijnens E, et al. In utero exposure to particulate air pollution affects lung function at preschool age. Thorax. 2016;71(9):793-800. doi:10.1136/thoraxjnl-2015-207806