A nutrição é um fator chave na modulação do sistema endócrino e nas capacidades reprodutivas. Através do seu papel como precursores de moléculas envolvidas em diversas reações, os nutrientes exercem uma influência significativa sobre os processos fisiológicos e as vias bioquímicas, incluindo as que regulam as hormonas.
O sistema endócrino é constituído por glândulas responsáveis pela produção e secreção de hormonas. Fazem parte deste sistema: a hipófise, o pineal, o hipotálamo, a tiroide, o pâncreas, as suprarrenais e as glândulas sexuais (ovários e testículos).
Sabia que além destas glândulas, outros órgãos e tecidos no nosso organismo têm também a capacidade de libertação de hormonas? Como por exemplo o tecido adiposo (ou gordura), a placenta e o intestino.
Por sua vez, as hormonas são substâncias químicas que coordenam diferentes funções do corpo, transportando mensagens através do sangue para os órgãos, pele, músculos e outros tecidos. Estes sinais dão indicações ao nosso organismo sobre o que fazer e quando o fazer.
Destacamos algumas das suas funções:
A manutenção do equilíbrio hormonal é crucial para sustentar as funções reprodutivas e a fertilidade.
Sabia que os estrogénios, a progesterona, a testosterona (hormonas sexuais) e o cortisol (ou também conhecido como a “hormona do stress”) derivam do colesterol?
E isto na prática pode ter impacto na sua saúde hormonal de diferentes formas:
Estas alterações tornam-se muito relevantes para quem está na sua jornada para engravidar. E a nutrição tem um papel crucial em todo este processo.
Uma dieta restritiva ou baixo peso podem resultar em ciclos menstruais irregulares ou até mesmo na ausência da menstruação (amenorreia).
Por outro lado, o excesso de peso está associado a infertilidade, em ambos os sexos. E uma ingestão excessiva de açúcar está também associado a alterações na produção de hormonas e na qualidade dos óvulos e dos espermatozoides.
Nutrientes específicos são necessários para as vias bioquímicas que regulam as hormonas. Destacamos: vitaminas do complexo B, vitamina D, ferro, zinco, iodo e cálcio. É fundamental que os níveis destes nutrientes estejam em valores ótimos ainda na fase de preparação de uma gravidez ou antes de iniciar um processo de FIV ou outro processo de procriação medicamente assistida.
E nunca é demais relembrar também a importância de noites de sono adequadas, uma exposição a toxinas reduzido ao máximo possível, movimentar o corpo e investir em técnicas de gestão de stress no equilíbrio das suas hormonas.
E que cada indivíduo é único e tem as suas necessidades nutricionais, as suas suscetibilidades genéticas e desafios diários únicos.
Daí a importância de um acompanhamento individualizado e personalizado para definir as áreas de atuação prioritárias para que este processo não se torne angustiante ou que os resultados demorem demasiado tempo.
Fale connosco