NEWS | Já estamos abertos! Marque a sua consulta.

Relação entre o Transtorno do Espectro do Autismo e o Sobrecrescimento Bacteriano do Intestino Delgado (SIBO)

A relação entre o transtorno do espectro do autismo e o crescimento excessivo de bactérias no intestino delgado (SIBO) tem despertado um interesse crescente nos últimos anos, sendo vários os estudos que apontam para uma associação significativa entre estas duas condições.

 

A SIBO caracteriza-se por um aumento anormal do número de bactérias presentes no intestino delgado, que pode desencadear diversos problemas gastrointestinais.

 

Estudos revelam que crianças com autismo apresentam uma prevalência significativamente mais elevada de SIBO em comparação com crianças neurotípicas. Além disso, as crianças diagnosticadas com autismo e SIBO apresentam alterações comportamentais mais acentuadas, evidenciadas por pontuações superiores na escala Autism Treatment Evaluation Checklist (ATEC), em relação às que não apresentam SIBO.

 

 

 

 

Os mecanismos que estabelecem a relação entre o SIBO e o autismo estão intimamente associados ao eixo intestino-cérebro, que destaca a influência da microbiota intestinal no desenvolvimento neurológico e no comportamento. Alterações na composição da microbiota podem afetar diretamente o neurodesenvolvimento, contribuindo para a manifestação dos sintomas característicos do autismo.

 

Alterações na alimentação e a utilização de probióticos são consideradas estratégias terapêuticas promissoras para o tratamento do SIBO e para a gestão dos sintomas do autismo. Estas intervenções podem favorecer uma composição intestinal mais equilibrada, aliviando os sintomas gastrointestinais e, potencialmente, promovendo melhorias comportamentais em crianças com autismo. Contudo, a relação entre a saúde intestinal e o autismo permanece complexa, sendo fundamental a realização de mais pesquisas para compreender de forma mais aprofundada as implicações destas abordagens terapêuticas no contexto do autismo.

 

Na Clínica Daniela Seabra, contamos com uma equipa de profissionais experientes e altamente qualificados, preparados para o apoiar na melhoria da sua saúde intestinal e do bem-estar geral.

 

Marque já a sua consulta!

 

 

 

 

Fontes:
Choung, R., Ruff, K., Malhotra, A., Herrick, L., Locke, G., Harmsen, W., … & Saito, Y. (2011). Clinical predictors of small intestinal bacterial overgrowth by duodenal aspirate culture. Alimentary Pharmacology & Therapeutics, 33(9), 1059-1067.
Efremova, I. (2023). Epidemiology of small intestinal bacterial overgrowth. World Journal of Gastroenterology, 29(22), 3400-3421.
Herman, A., & Herman, A. (2022). Could candida overgrowth be involved in the pathophysiology of autism?. Journal of Clinical Medicine, 11(2), 442.
Hughes, H., Rose, D., & Ashwood, P. (2018). The gut microbiota and dysbiosis in autism spectrum disorders. Current Neurology and Neuroscience Reports, 18(11).
Roszkowska, P. (2024). Small intestinal bacterial overgrowth (SIBO) and twelve groups of related diseases—current state of knowledge. Biomedicines, 12(5), 1030.
Wang, L., Yu, Y., Zhang, Y., Zhang, J., Lü, N., & Liu, N. (2017). Hydrogen breath test to detect small intestinal bacterial overgrowth: a prevalence case–control study in autism. European Child & Adolescent Psychiatry, 27(2), 233-240.
Li, N., Wang, C., Xing, H., Chen, D., & Wei, Y. (2021). Clinical efficacy of fecal microbiota transplantation for patients with small intestinal bacterial overgrowth: a randomized, placebo-controlled clinic study. BMC Gastroenterology, 21(1).
Nicholson, J., Holmes, E., Kinross, J., Burcelin, R., Gibson, G., Wang, J., … & Pettersson, S. (2012). Host-gut microbiota metabolic interactions. Science, 336(6086), 1262-1267.